"Nas
comunidades bióticas dentro de um ecossistema encontram-se várias
formas de interações entre os seres vivos que as formam, denominadas relações ecológicas ou interações biológicas.
Essas relações se diferenciam pelos tipos de dependência que os
organismos vivos mantêm entre si. Algumas dessas interações se
caracterizam pelo benefício mútuo de ambos os seres vivos, ou de apenas
um deles, sem o prejuízo do outro. Essas relações são denominadas
harmônicas ou positivas. Outras formas de interações são caracterizadas
pelo prejuízo de um de seus participantes em benefício do outro. Esses
tipos de relações recebem o nome de desarmônicas ou negativas."
Relações Interespecíficas
Canibalismo
Relação
desarmônica em que um indivíduo mata outro da mesma espécie para se
alimentar. Ex.: louva-a-Deus, aracnídeos, filhotes de tubarão no ventre
materno.

Louva-a-deus
– o louva-a-deus é um artrópode da classe dos insetos (família
Mantoideae). Este inseto é verde e recebe este nome por causa da
posição de suas patas anteriores, juntas com tarsos dobrados, como se
estivesse rezando. Neste grupo de insetos o canibalismo é muito comum,
principalmente no que tange o processo reprodutivo. É hábito comum as
fêmeas devorarem os machos numa luta que antecede a cópula.
Galináceos
jovens – os jovens pintinhos com dias de nascidos, quando agrupados em
galpões não suficientemente grandes para abrigá-los podem,
ocasionalmente apresentar canibalismo, como uma forma de controlar o
tamanho da população.
Amensalismo
Relação
em que indivíduos de uma espécie produzem toxinas que inibem ou impedem
o desenvolvimento de outras. Ex.: Maré vermelha, cobra (veneno) e
homem, fungo penicillium (penicilina) e bactérias.
A
Penicilina foi descoberta em 1928 quando Alexander Fleming, no seu
laboratório no Hospital St Mary em Londres, reparou que uma das suas
culturas de Staphylococcus tinha sido contaminada por um bolor
Penicillium, e que em redor das colônias do fungo não havia bactérias.
Ele demonstrou que o fungo produzia uma substância responsável pelo
efeito bactericida, a penicilina.
A
Maré vermelha é a proliferação de algumas espécies de algas tóxicas.
Muitas delas de cor avermelhada, e que geralmente ocorre ocasionalmente
nos mares de todo o planeta. Encontramos essas plantas apenas no fundo
do mar. Em situações como mudanças de temperatura, alteração na
salinidade e despejo de esgoto nas águas do mar, elas se multiplicam e
sobem à superfície, onde liberam toxinas que matam um grande número de
peixes, mariscos e outros seres da fauna marinha.
Maré Vermelha
Quando
isso acontece, grandes manchas vermelhas são vistas na superfície da
água. Os seres contaminados por essas toxinas tornam-se impróprios para
o consumo humano.
Sinfilia
Indivíduos mantém em cativeiro indivíduos de outra espécie, para obter vantagens. Ex.: formigas e pulgões.
Os
pulgões são parasitas de certos vegetais, e se alimentam da seiva
elaborada que retiram dos vasos liberinos das plantas. A seiva
elaborada é rica em açúcares e pobre em aminoácidos.

Por
absorverem muito açúcar, os pulgões eliminam o seu excesso pelo ânus.
Esse açúcar eliminado é aproveitado pelas formigas, que chegam a
acariciar com suas antenas o abdômen dos pulgões, fazendo-os eliminar
mais açúcar. As formigas transportam os pulgões para os seus
formigueiros e os colocam sobre raízes delicadas, para que delas
retirem a seiva elaborada. Muitas vezes as formigas cuidam da prole dos
pulgões para que no futuro, escravizando-os, obtenham açúcar. Quando se
leva em consideração o fato das formigas protegerem os pulgões das
joaninhas, a interação é harmônica, sendo um tipo de protocooperação.
Predatismo
Relação em que um animal captura e mata indivíduos de outra espécie para se alimentar. Ex.: cobra e rato, homem e gado.

Todos
os carnívoros são animais predadores. É o que acontece com o leão, o
lobo, o tigre, a onça, que caçam veados, zebras e tantos outros animais.
O
predador pode atacar e devorar também plantas, como acontece com o
gafanhoto, que, em bandos, devoram rapidamente toda uma plantação. Nos
casos em que a espécie predada é vegetal, costuma-se dar ao predatismo
o nome de herbivorismo.
Raros
são os casos em que o predador é uma planta. As plantas carnívoras, no
entanto, são excelentes exemplos, pois aprisionam e digerem
principalmente insetos.
O
predatismo é uma forma de controle biológico natural sobre a população
da espécie da presa. Embora o predatismo seja desfavorável à presa como
indivíduo, pode favorecer a sua população, evitando que ocorra aumento
exagerado do número de indivíduos, o que acabaria provocando competição
devido à falta de espaço, parceiro reprodutivo e alimento. No entanto
ao diminuir a população de presas é possível que ocorra a diminuição
dos predadores por falta de comida. Em conseqüência, a falta de
predadores pode provocar um aumento da população de presas. Essa
regulação do controle populacional colabora para a manutenção do
equilíbrio ecológico.
Parasitismo
Indivíduos
de uma espécie vivem no corpo de outro, do qual retiram alimento. Ex.:
Gado e carrapato, lombrigas e vermes parasitas do ser humano.
A
lombriga é um exemplo de parasita. É um organismo que se instala no
corpo de outro (o hospedeiro) para extrair alimento, provocando-lhes
doenças. Os vermes parasitas fazem a pessoa ficar mal nutrida e perder
peso. Em crianças, podem prejudicar até o crescimento.
As
adaptações ao parasitismo são assombrosas - desde a transformação das
probóscides dos mosquitos num aparelho de sucção, até à redução ou
mesmo desaparecimento de praticamente todos os órgãos, com exceção dos
órgãos da alimentação e os reprodutores, como acontece com as tênias e
lombrigas.
Competição Interespecífica:
Disputa por recursos escassos no ambiente entre indivíduos de espécies
diferentes. Ex.: Peixe Piloto e Rêmora (por restos deixados pelo
tubarão).
Tanto
o Peixe Piloto quanto a Rêmora comem os restos deixados pelos tubarões
por tanto possuem o mesmo nicho ecológico e acabam disputando por
espaço nele.
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